2003-07-18

Social-democracia III, a revolta dos clones

Replicando ao poste de Francisco, este e este

s. f., Polít.,
socialismo alemão, de carácter reformista;
corrente política democrática que propõe uma transformação progressiva da sociedade através de reformas nas estruturas políticas, económicas, sociais e culturais, dentro de um quadro de uma economia de mercado;
na prática, tem criado formas de economia mista ou mecanismos de racionalização e controlo da economia de mercado (sindicalismo, cooperativismo) acompanhadas, no plano social, por políticas socializantes tendentes a diminuir desníveis económicos e culturais (democratização do ensino e da saúde, generalização dos serviços sociais, política de redistribuição de rendimentos, etc.).


Sei bem o que vem escrito nos “canhanhos” do PSD. Mas nem tudo o que se lê deve ser tomado em linha de conta, é que os estatutos dos (velhos) partidos estão borrados ou simplesmente pingados de vermelho... foi a revolução.

No Parlamento Europeu estamos na bancada do Grupo do Partido Popular Europeu e Democratas Europeus, certo? Lá está o JPP.

Quando escrevi o Blog, era no sentido de não reduzirmos o PSD à Social-democracia. O PSD é muito mais que isso, por isso, aí vai:

Princípios Programáticos:

Os Valores

O PSD afirma a sua adesão a um conjunto de valores e opções fundamentais, cuja consagração e respeito considera indispensáveis para a construção e consolidação de uma sociedade mais justa e mais livre. Esses valores, que traduzem simultaneamente a sua visão da liberdade humana, da sociedade, da actividade política e do Estado, são os seguintes:

- O Princípio do Estado de Direito, respeitante da eminente dignidade da pessoa humana - fundamento de toda a ordem jurídica baseado na nossa convicção de que o Estado deve estar ao serviço da pessoa e não a pessoa ao serviço do Estado;

- Os Direitos, Liberdades e Garantias dos portugueses e dos seus agrupamentos, elemento indispensável à preservação da autonomia pessoal, bem como à participação política e cívica;

- O pluralismo das ideias e correntes políticas, cuja garantia de livre expressão constitui pressuposto indispensável ao gozo dos direitos e liberdades fundamentais de todo o cidadão;

- O princípio democrático, como garantia da participação por igual de todos os cidadãos na organização e na escolha dos objectivos do poder na sociedade;

- O princípio da afirmação da sociedade civil. O Estado não deve chamar a si aquilo que os indivíduos estão vocacionados para fazer - ou que podem fazer - garantindo dessa forma um amplo espaço de liberdade à iniciativa e criatividade das organizações da sociedade civil;

- O diálogo e a concertação, como formas de entendimento e aproximação entre homens livres, assentes na tolerância e visando a procura de acordo activo entre interesses divergentes;

- A justiça e a solidariedade social, preocupações permanentes na edificação de uma sociedade mais livre, justa e humana, associadas à superação das desigualdades de oportunidades e dos desequilíbrios a nível pessoal e regional e à garantia dos direitos económicos, sociais e culturais;

- O direito à diferença, como condição inerente à natureza humana e indispensável para a afirmação integral da personalidade de cada indivíduo; direito esse tanto mais efectivável quanto maior for a igualdade de oportunidades na Comunidade;

- A valorização da paz, como objectivo essencial da acção política. Para o PSD, a edificação de uma paz justa entre os povos deve constituir um dos objectivos fundamentais da actuação política dos Estados.

A Diferença

O PSD assume as especificidades que o caracterizam como partido de raiz eminentemente portuguesa, bem como aquilo que o distingue relativamente aos partidos socialistas ou social-democratas europeus de inspiração socialista. Tais especificidades e diferenças radicam no facto dele ser:

- um partido personalista, para o qual o início e o fim da política reside na pessoa humana;

- Um partido de forte pendor nacional;

- Um partido com valores e princípios claros, permeável à criatividade e à imaginação, aberto à inovação e à mudança;

- Um partido que, sendo social-democrata, valoriza o liberalismo político e a livre iniciativa caracterizadora de uma economia aberta de mercado;

- Um partido que é dialogante, aberto à pluralidade de opiniões, e à sociedade civil, defensor da moderação e da convivência pacífica entre homens de credos e raças diferentes, herdeiro da tradição universalista portuguesa que é estruturalmente avessa a qualquer tipo de xenofobia;

- Um partido empenhado na construção europeia, defensor da identidade nacional e dos valores pátrios que deram corpo à Nação Portuguesa, herdeiro de um sentido atlântico e de uma aliança profunda com os povos de expressão lusa;

- Um partido que, apostando na eficácia, valoriza o humanismo, bem como os grandes princípios da justiça, da liberdade e da solidariedade;

- Um partido não confessional, mas respeitador dos princípios axiológicos e religiosos do povo português, identificados com o humanismo cristão;

- Um partido interclassista, vocacionado para representar as diversas categorias da população portuguesa, e apostado na defesa da cooperação entre as classes sociais como a via mais adequada para a obtenção do bem comum e do progresso colectivo;

- Um partido que aposta no reconhecimento do mérito e na capacidade de afirmação pessoal e social, cada vez mais necessários numa sociedade onde cresce o espaço para a realização das capacidades individuais, e onde importa distinguir os talentos pessoais que são contributos para o bem comum e para o progresso do País.


Não costumo pensar nas instituições ou partidos como máquinas. As pessoas fazem os partidos, o CDS de Freitas do Amaral foi diferente do de Manuel Monteiro, assim como de Paulo Portas... O PSD de Sá Carneiro foi diferente do de Cavaco Silva, assim como de Durão Barroso e por aí fora... excepto o PCP que está cristalizado...

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