2005-03-13

Uma realidade que, na opinião da eurodeputada do PS, revela «um machismo anacrónico» e posições que «não revelavam nenhuma modernidade, nem sintonia europeísta, nem progressismo, nem “novas fronteiras” nenhumas».

A eurodeputada Ana Gomes está de volta ao ataque!!! Nem o desterro de ouro a cala!

Esta é a fronteira entre aquilo que se pode pensar e aquilo que não se deve falar (ou escrever)!

As mulheres estão claramente em desvantagem na nossa sociedade! Mas será justo implementar estas mudanças por via de quotas? Penso que não! As quotas são perversas, não premeiam mérito, não credibilizam, tão pouco alteram as desvantagens que a sociedade ainda mantém, mas que está invertendo... Já existem mais mulheres no ensino superior, por exemplo, sem recurso a quotas.

Os governos nunca deverão ser feitos por quotas. Os governos não são feitos por homens ou mulheres, mas por pessoas, capazes e motivadas.

À beira da nomeação, e pelo que me é dado a conhecer, este é dos governos menos políticos (no sentido da estrutura partidária) das últimas décadas. Não me refiro apenas aos independentes, refiro-me por exemplo à liberdade que cada ministro teve de escolher os seus Secretários de Estado.

O primeiro-ministro indigitado José Sócrates tem as melhores condições técnicas e institucionais dos últimos tempos para reformar. Tem, no entanto, o mesmo problema do Governo cessante, um país (e uma Europa) em crise, que em parte é estrutural, mas que em muito se deve aos maus resultados da economia internacional…

O meu PSD tem pela frente 4 anos de muito trabalho para apresentar-se ao eleitorado como uma alternativa credível e capaz. Tem que neste tempo abandonar o sistema dos caciques, dos baronatos e dos sindicatos de votos. O futuro tem que passar obrigatoriamente pela alteração da forma de eleger o Presidente do partido, assim como na forma de trabalhar dos gabinetes de estudos distritais e até concelhios. O PSD só voltará ao poder daqui a 4 anos caso consiga regenerar-se, não apenas a nível nacional, mas fundamentalmente nas Secções e Distritais, o trabalho feito junto dos eleitores, dos militantes, da sociedade em geral é fundamental para prestigiar este partido.

Destaco desde logo:

- Proceder a uma refiliação;
- Eleger directamente o Presidente do partido;
- Criar gabinetes de estudos multidisciplinares regionais (5 regiões plano) com pessoas capazes e motivadas, dependentes do Presidente;- Criar mecanismos de formação e captação de quadros.

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