2005-04-17

ANMP defende limitação de mandatos também na AR

"O presidente do Conselho Geral da Associação dos Municípios Portugueses (CG/ANMP), o socialista Mário de Almeida, defendeu, na quinta-feira, que, caso avance com a limitação de mandatos, o Governo «deverá aplicá-la também aos deputados, nem que para isso tenha de alterar a Constituição». "

Esta reflexão da ANMP é pertinente. Porque não limitar todos os mandatos políticos, executivos ou não? Já agora, a 8 anos (2 mandatos)!

Esta posição pode ter vários impactos. Implica à partida percursos mais evolutivos dos eleitos, na medida em que, no caso de uma autarquia, um determinado político que quisesse permanecer activo mais que 8 anos, teria de rodar os cargos, o que faz com que se desse um rejuvenescimento dos políticos. As reformas eram mais difíceis de obter, pois são 12 anos de mandatos para obter o mínimo. Claro que poderia ser prejudicial, já que alguns dos melhores políticos teriam de sair no final do segundo mandato, este seria o principal custo. Na nossa região, só a título de exemplo, significaria que Tavira (e também o Algarve) perderia o Eng. Macário Correia.

Por isso, defendo que os partidos olhem para os seus quadros numa óptica de providenciar formação técnico-política. Preparação teórica, científica e prática, iniciando estas pessoas nas Juntas de Freguesia, depois nos municípios. É este o caminho que defendo. Claro que teremos sempre o problema das inimizades, dos receios que a preparação pode ter, designadamente a liberalização e mais fácil acesso daqueles que têm mais preparação, sobre aqueles que sobem à custa da espinha dobrada...

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