2005-05-20

"Isaltino acusa Marques Mendes de colocar «amigos» no poder"

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Existe uma “coisa” chamada disciplina partidária. Os partidos não são clubes recreativos, embora por vezes até seja possível a confusão, tal é a forma como alguns políticos desempenham as suas responsabilidades ou até a ligeireza com que atravessam os mandatos.

Dito isto, considero que para estar num partido é necessário duas premissas. A primeira é concordar com uma parte considerável das orientações programáticas e, nalguns partidos, ideológicas. A segunda é aceitar que em democracia, por mais inquinada e cacicada que esteja, o resultado das eleições deve ser aceite. Ou seja, no limite, se sairmos vencidos, devemos ter duas opções, a primeira, mais consciente e responsável, a já tão falada “travessia do deserto”, embora com possibilidade de intervenção nos órgãos deliberativos internos. A segunda opção consiste na entrega do cartão de militante e ir à vida…

É de um tremendo mau gosto um militante de um partido como o PSD acusar (não vou discutir a veracidade das acusações, pois são irrelevantes para o meu ponto de vista) o líder Nacional de “meter cunhas”. Este militante de base tem responsabilidades acrescidas, na medida em que é um dos rostos do partido, pelos anos em que presidiu a CM Oeiras e como Ministro das Cidades.

Considero que o Dr. Marques Mendes teve coragem de recusar algumas candidaturas, devido às suspeitas de envolvimento em processos jurídicos demasiado públicos, mas deve ir mais além. Como considero que a opinião prevalece à militância partidária, não deve ser perseguidos aqueles que expressem em consciência o que pensam, no entanto, os que concorrem como independentes (ou em listas de outros partidos), deveriam ser alvos de processos de expulsão, de acordo com os regulamentos de disciplina e estatutos.

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