2005-05-12

O Futuro Presidente da nossa República (e ex-PM) afirmou num artigo do Público que os problemas económicos só são ultrapassáveis através da internacionalização das empresas. Em resumo, produzir mais, melhor e em concorrência com o mercado externo. Comentou que também que incluía neste conceito os serviços de turismo.

De facto é uma das via. Todos os decisores políticos, desde um vereador municipal ao Primeiro-ministro, têm noção disso. Porque motivo então, no caso do turismo, não é feito o esforço político de retirar das gavetas e armários um conjunto de projectos de turismo de qualidade, que se encontram enrolados nos gabinetes técnicos e são tomadas decisões políticas de desbloqueio? Haja interesse real para o país, claro!

Quantos grupos económicos esperam 10 anos ou mais pela aprovação de um hotel ou resort?

O Primeiro-ministro já anunciou que no segundo semestre deste ano vai ser possível criar uma empresa num único dia. Esta medida é interessante, mas é necessário garantir que o licenciamento industrial, que a aprovação de projectos hoteleiros e outros acompanhe esta resolução, ainda que aplicando, como no caso da construção (embora não muito utilizado), um período em que os serviços competentes devem pronunciar-se, caso falhem, ficam tacitamente aprovados. De alguma forma, estas situações são perniciosas, mas é necessário garantir que o poder de decisão esteja nos eleitos, não nos contratados!



Burlões

Existem empresas que pela falta de escrúpulos, sangria do lucro ou simplesmente por estupidez, andam a enganar as pessoas, fazendo-se passar por analistas químicos, realizando análises à água, concluindo que não estão em condições e abrindo caminho para a venda de filtros de água a custo acima do valor. Este sistema é usado em muitas actividades, mas denota logo de início uma tremenda falta de ética e, na minha opinião, deveriam ser perseguidos e levados à justiça.

Tenho conhecimento que, pelo menos na zona do Montenegro, uma pessoa anda a tentar vender alcatifas e tapetes porta-a-porta. Até aqui, nada de mais. O pior é que recolhe informação de um vizinho sobre o outro, mais umas dicas aqui e ali, depois dirige-se a um residente dessa urbanização, munido dessas informações, e apresenta-se recomendado por fulano tal, afirmando que essa pessoa é sua amiga. Estas práticas - burlas - são perigosas. Nunca sabemos quais as verdadeiras motivações destas pessoas, e lá vai saindo alguma informação. Neste caso, foi apanhado em falso quando falava com uma pessoa, que tinha sido recomendado por um amigo (que, por acaso, era irmão deste…), pelo que foi logo apanhado em falso. Só tenho pena das pessoas não usarem o sistema judiciário para que estas pessoas sejam detidas para averiguações… mas ninguém se quer chatear nos dias que correm… já não há ética… a sociedade vai regredindo, muito por causa de não exercermos os nossos direitos de cidadania… para quê, temos a TV Cabo e o sofá!!!!


Os 6 milhões da discórdia

Nesta notícia aqui, o que mais me fez rir foi que, afinal, para o PS, dos 65 milhões de passivo deixado pelo anterior executivo, que a auditoria encomendada pela Câmara de Faro apurou, a Inspecção-geral de Finanças apenas confirmou 59 milhões… não desprezo os 6 milhões de diferença mas... estamos a esquecer que mesmo assim foram 59 milhões. Repito: 59 MILHÕES!!!!

Alguém anda a brincar aos políticos.

Eu sou um dos desiludidos da política. Desde há uns anos verifico que, independentemente dos partidos políticos, temos pessoas. Estas fazem um partido grande… ou miserável. Quem quiser trabalhar, construir projectos e propor soluções, pode muito bem ficar de fora. Muitos porque não conseguem chegar ao patamar da decisão, devido à interessante democraticidade interna que a maioria dos partidos apresenta, outros porque são alvos a abater pelos medíocres que se servem da política, que não têm a mínima formação cívica, nem prática para desenvolver esta actividade. Mas conseguem subsistir porque são controleiros, porque têm uns militantes no seu bolso, conseguem chegar ao telhado… essencialmente porque têm medo que as pessoas acordem da hegemonia em que vivem e descubram surpreendentemente que devem escolher os melhor preparados, independente das amizades, dos interesses… mas isto é utópico… nunca vai acontecer…

Da esquerda à direita… quem quiser que enfie a carapuça …

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