Planear

Os modelos utilizados no planeamento urbano acabam sempre por ter impactos sobre o futuro de qualquer cidade. Se no Séc. XVIII o Sr. Sebastião José de Carvalho e Melo não tivesse tido uma visão grandiosa na reconstrução de Lisboa, devido ao terramoto de 1755, hoje, seria praticamente impossível de circular ou estacionar no centro historio, a cidade teria de abandonar o seu núcleo.

Ora, isto ainda é verdade nos dias que correm. As autarquias devem procurar planear tendo em vista não o horizonte de 4 anos, mas a muito longo prazo. Uma opção mais cara hoje pode ser infimamente mais barata amanhã.

Desconheço a legislação sobre construção de edifícios, mas parece-me estranho que não sejam contempladas acessibilidades para deficientes e (se calhar com ainda mais aplicação prática) para circulação com carrinhos de bebé.

Quantas vezes um prédio até tem as condições para a mobilidade, mas a rua tem escadarias. È necessário aumentar o estado de alerta para questões destas, provavelmente mais importantes que fiscalizar os toldos comerciais ou as esplanadas. Provavelmente muito mais fácil, certamente muito menos rentável…