2005-11-27


A Cruz da discórdia...

A questão levantada em torno dos crucifixos nas escolas de ensino público, tuteladas por um Estado laico é interessante. Interessante porque o Estado deixa de ter um pendor Católico desde a Constituição de 1975, designadamente pela “separação” da(quela) Igreja face ao Estado. Assumindo que Portugal é um Estado não confessional, são estranhas as concordatas, desde logo pelo favorecimento e deferência a uma das fés. Também a presença de elementos eclesiásticos, de acordo com o protocolo, é, já de si, um problema de isenção.

Penso que o Governo deve “higienizar” os estabelecimentos de ensino, designadamente retirando crucifixos e impedindo que professores assumam posições, porque (Art.º 13 da CRP):

“Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou
isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem,
religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.”


Não serão os crucifixos nas escolas inconstitucionais?

Já agora, em relação aos beijos entre duas pessoas na escola António Sérgio, em Vila Nova de Gaia, fica bem aqueles que apontam o dedo, reflectirem sobre o texto da CRP, em cima.

Portugal ainda está cheio de retrógrados e homofóbicos...

Já agora, a foto em cima é a minha proposta de compromisso: substituição da cruz pela Cruz. Concordam? E para ninguém dizer que não há hipóteses alternativas, aqui estão...

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem.

CAA

Anónimo disse...

Muito bem.

CAA