2005-11-29


O Primeiro-ministro chinês vem a Portugal nos dias 9 e 10 de Dezembro! Será para alguma acção de campanha do Camarada Jerónimo? Ou uma visita ao Vale do Ave???

Piadas à parte; é incrível que a Europa e os EUA não condicionem as importações daquele País, impondo a resolução dos problemas políticos e a melhoria das condições de trabalho e outros direitos. Os EUA mantêm um embargo a Cuba, mas não à China… dimensões… interesses…

O salário mínimo na China é de 50 Euros (que não é cumprido), face aos cerca de 374 de Portugal (que é baixo face, p. ex., aos 490 de Espanha). Cá trabalha-se cinco dias, por lá chegam a ser os 7!

Estão em risco postos de trabalho portugueses e a falência de um sector tradicional da nossa economia. O sector têxtil será largamente afectado, segundo apontam alguns economistas.

Fala-se em 100 Mil postos de trabalho!

Não sei se serão mais, ou se serão menos.

O tecido produtivo português não inovou quando pôde (designadamente “roubando” fundos comunitários, desviando-os criminosamente para bens de consumo). Mas não deixa de ser preocupante que a concorrência esteja colocada em causa por condições de trabalho e salariais de miséria (verdadeiramente de miséria). Outros países vão sentir estes efeitos.

Resta a muitos empresários deslocalizar a produção para a China, resolvendo o problema da empresa, mas não do País. Os indicadores macroeconómicos do País, designadamente o emprego, crescimento económico, importações, etc., logo se vão ressentir.

A crise de (des)confiança que assola o País está enraizada desde o velho do Restelo. Mas de qualquer forma, ultrapassando essa característica endémica, parece-me que cabe ao Estado português duas importantes missões:

- Cortar a despesa pública (funcionamento);
- Investir num esforço regulador e facilitador do desenvolvimento empresarial.

E relação à primeira, não vou desenvolver, pois tudo (ou quase) já foi dito sobre o assunto;

Os poderes políticos e judiciais são o garante da Soberania Nacional, mas cabe ao sector empresarial o exercício de ou importante contributo para assegurar a normalidade do Estado. Desde logo pela criação de valor (tributável), que financia o resto. Um Estado pobre, endivida-se, definha e quebra a sua soberania. Um Estado economicamente forte não.

Não sei quantos de vocês já criaram uma empresa? E quantos já tentaram fechar uma? Quantos de vocês já colocaram em tribunal um cliente, por não ter pago aquilo que legitimamente vos devia?

Necessitamos por isso, a par da educação, formação, segurança (interna e externa), saúde e segurança social, etc., uma justiça rápida e equitativa. Existe todo um investimento a fazer neste Poder da República. Considero que os seus “funcionários “ devem reformar-se aos 65 anos e integrar a CGA (geral). Mas existe todo um esforço financeiro que o poder político tem que realizar.

É necessário retirar dos tribunais questões administrativas e pequenas, como as dívidas abaixo de determinado valor (pequeno) que inundam as salas de audiências. É necessário espaço, informatização, formação em novas tecnologias, enfim, lançar uma “revolução” neste sector. A Soberania exige-o! A economia também...

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