2006-04-13

Conta de merceeiro justificou fim das férias judiciais

Eis a demonstração de como o rei vai nú, no que respeita à fudamentação das "corajosas" medidas do nosso Governo. Neste assunto há duas importantes questões:

Por um lado, percebe-se que as decisões são tomadas à Simão Sabrosa, chuta-se para onde se está virado. Ou seja, aquilo a que possa assemelhar-se a uma medida ousada e potenciadora de um bom marketing na opinião pública é decidido sem qualquer análise crítica ou fundada. O estudo a que se refere a notícia do Correio da Manhã demonstra-o plenamente, para além de parecer que foi feito à posteriori, o que é grave.
Leia-o e comprove.

Por outro lado, e no que respeita à matéria de facto deste assunto, falta as pessoas perceberem (também falta alguém explicar com clareza) que NENHUM juíz nem NENHUM funcionário judicial tem mais férias do que qualquer outro funcionário público. Contudo, o Governo tem contado com esta natural confusão da opinião pública para conseguir a adesão popular à medida. Aliás, a existência de férias judiciais permite a interrupção de prazos (o que permite aos advogados preparem melhor os casos) e permite que juízes e funcionários tenham tempo para gerir e preparar melhor os processos sem terem que realizar audiências ou que dar entrada de novos processos ou dar resposta a requerimentos dos advogados. Durante as férias judicais os funcionários que não estão em férias estão nos tribunais a trabalhar, não estão em casa...

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