2006-06-19

Pagar impostos é uma chatice, convenhamos. Existem alguns que o contribuinte tem uma noção da sua necessidade, até porque usufrui da sua aplicação.

Em relação aos descontos que fazemos para a Segurança Social (não a nossa, mas a dos outros) já o assunto não é linear. A geração actual de contribuintes está a pagar as gerações de reformados, uns que nunca descontaram, ou pouco, outros que por questões de putativa justiça social, devem ser protegidos, pois não podem alterar as “regras do jogo” para estes cidadãos da república portuguesa… a piada é que para estes cidadãos receberem as suas pensões, exige um esforço extra de nós, que só receberemos uma parte muito pequena daquilo que descontamos. Uma vez mais, penalizam-se quem está a produzir em detrimento dos outros, assim se sustenta o actual modelo de segurança social, o tal estado previdência.

Num artigo de opinião publicado no mês passado na revista Atlântico, Pedro Ferraz da Costa defendia que os melhores terão tendência para sair do País, trocando-o por um outro que lhes dê melhor retorno. É a teoria do custo-benefício… investir num Estado que nos dê garantias de rentabilidade no futuro, i.e. uma reforma adequada ao esforço realizado ao longo da carreira contributiva, é mais acertado do que continuar a sustentar um Estado que em vez de reduzir despesa, aumenta a carga fiscal, como forma de aumentar os gastos. Parece a inversão de uma lógica de gestão pura e simples.

Já cantava Jorge Palma: Ai, Portugal, Portugal, do que é que estás à espera… tens o pé numa galera, outro no fundo do mar…

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