2006-09-28

Praxe

Não sou contra a praxe. É antes que tudo um ritual de integração. Noutros tempos fui praxado e praxei. Tive provavelmente a sorte de ter tido uma praxe cheia de brincadeiras e sem qualquer momento menos próprio.

Esta tarde, tinha acabado de entrar no meu carro quando assinto a um grupo de estudantes (salvo erro de Sociologia, pelo menos era a inscrição na testa de um caloiro) que humilhava incessante e reiteradamente alguns colegas, especialmente um deles. Estupidamente, acrescento.

Sou absolutamente contra qualquer forma de praxe que envolva a humilhação. Existem formas de brincar que servem o propósito de integrar os colegas recém chegados e estes têm sempre o direito de a recusar. Existem dois pré-requisitos para organizar uma praxe: inteligência e criatividade. Nenhuma destas esteve presente no que presenciei.

Estas formas de praxe são uma vergonha para a comunidade académica. Espero que quem de direito esteja mais atento e saiba corrigir estas más práticas. Estamos perante estudantes do ensino superior que, não por ser superior, mas por ser mais diferenciado, requer mais do que simplesmente pertencer. É necessário saber estar e representar, neste caso, a Universidade do Algarve. Caso contrário, estão a desprestigiar uma instituição. Aquela que lhes servirá de cartão de visita.

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