2003-10-06

Porquê escrever na Blogosfera?

Manter um blogue não é tarefa difícil. Basta alimentá-lo regularmente. Basta retirar alguns minutos por dia para escrever! Mas isto não garante nem qualidade, nem pertinência dos assuntos.

Para mim, até há bem pouco tempo, escrever por aqui implicava ler bastantes blogues, genericamente os que estão aqui ao lado. Não digo todos, pois os da região ficam reduzidos a três ou quatro. Depois uns quantos que vêm linkados nos blogues que leio. Mais outros que nunca cheguei a colocar nos favoritos...

Nas últimas duas semanas, por total falta de tempo, por um lado, e pela completa falta de paciência, por outro, reduzi a 3 ou 4 blogues que não deixo de ler, a saber: este, este, este e recentemente este.

Embora escreva com mais regularidade (até no fim-de-semana, mas não de futuro), não tenho dedicado muita atenção. Prometo que para o fim do mês volto a ler com mais regularidade. Mas fica a sensação que escrevemos para uma comunidade dentro da comunidade. Embora o acesso seja livre, embora o “canal” esteja aberto, penso que cada vez mais a blogosfera caminha para a especialização, para a organização desorganizada (um pouco como a Internet).

Colocar em público as nossas opiniões, numa forma acessível, transforma este meio no mais democrático que existe. Ou no mais anarquista, se preferirem.

Fazer parte desta comunidade é saudável, embora por aqui se viva um pouco obcecados (sem patologias maníaco – depressivas) pelos antagonismos da Esquerda – Direita, Conservadores – Liberais, etc...

Finalmente, ainda bem que existe um local onde se pode escrever, apenas porque queremos, em detrimento do conseguir-escrever, da comunicação social tradicional.

Por isso é tão especial escrever aqui. Não porque alguém lê, não porque se tem que escrever, mas porque apetece...


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Não sou caçador. Começo assim porque quero reflectir sobre a caça, seus regimes e a sua contribuição para as estratégias de desenvolvimento, sem que tenha um envolvimento emocional.

As coutadas de caça em Espanha desempenham um papel importante na economia do turismo. Em Portugal, estas infra-estruturas são normalmente deficientes, pois não apostam em alojamento, serviços alternativos a este desporto, em especial para os filhos e esposa (caso esta não dê também uns tiros).

Penso no entanto que o regime de caça livre deve acabar. Esta minha opinião deve-se a problemas práticos: a segurança de pessoas (não caçadores) que podem estar no local e o direito à propriedade privada, pois não creio que seja legitimo que cacem na minha propriedade sem que eu autorize.

Um dos problemas que a noção de desenvolvimento sustentável tem (como apontou o Fernando no seu almariado), é a de ser palavra muito corrente em discurso político, sem que saibam muito bem o que isso é. Para mim, esta actividade de lazer – a caça -, pode contribuir para que zonas rurais mais deficitárias possam encontrar um caminho, canalizando investimento para esta forma de turismo, sem descurar o tradicional e o ligado ao golfe.

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