2004-07-07

No outro dia cheguei aos TRINTA... parece fácil... e é. Trata-se de um dia como outro qualquer, embora seja também um dia para olhar para trás, reflectir e planear o futuro.

Considero que estes foram os mais interessantes trinta anos que tive (!!???!)... Embora não os queira repetir. Teria tendência a alterar opções, que invariavelmente me fariam sair do espaço que ocupo nesta minha vida, os amigos, as coisas, os lugares que conheci, enfim... é certo que alguns objectivos não foram (ainda) atingidos. Mas penso que grande parte do plano foi executado.

Aguardo ainda aquele desafio...

Sobrevivi a alguns conflitos, algumas escoriações, muitas alegrias, algumas tristezas e muitas desilusões, provoquei algumas. Atesto que estes meus primeiros 30 anos foram em média bons. Poderiam ter sido melhores, mas isso depende de tantas variáveis que nem sei se me importo.

Torna-se evidente com o passar dos anos que algumas opiniões também vão mudando connosco.

Invariavelmente, garantimos com a idade alguma calma, algum desprendimento e por vezes até algum laxismo intelectual. Outras preocupações surgem. Alguns conflitos aparecem. Muitas distracções disparam. Logo, parece-me que o processo de envelhecimento é uma espécie de transfiguração interna, mais do que externa... embora o espelho nos vá lembrando o contrário.

Vive-se hoje um momento impar. Estamos numa espécie de paz podre, uns esperam alguma mudança que lhes permita abanar a vida, outras que tudo fique igual.

Está tudo estático.

A sociedade actual vive a vida dos outros, está ligada à televisão, como alguém em coma. Despertando apenas para logo se desligar.
Fiz 30 anos. Já vivi 40% da minha esperança média de vida. Tenho a esperança de viver, não apenas sobreviver. Cada vez mais penso nisto, não de forma acomodada... mas como que a espicaçar-me...

Sem comentários: