2005-03-09

A CGTP vai exigir ao novo Governo que a idade da reforma das mulheres baixe para os 62 anos de idade, noticia esta quarta-feira A Capital. De acordo com o jornal, esta é uma das questões reunidas na carta reivindicativa «Caminhos para a Igualdade», que a intersindical vai apresentar ao Governo, ao Presidente da República, Jorge Sampaio, e aos grupos parlamentares.

É interessante avaliar o contributo dos sindicatos para a economia. Supostamente defendem os interesses dos seus associados, ou trabalhadores em geral. Na realidade, esta notícia revela a verdadeira natureza destes "grupos políticos"! Quando a economia está em baixo, necessitando do contributo de todos, os sindicatos da CGTP vêm exigir ao novo Governo que reduza a idade de reforma das mulheres para os 62 anos. Referem os "caminhos para a igualdade", quando as mulheres têm uma esperança média de vida superior e, ao abrigo da igualdade, pedem que lhes reformem mais cedo. Mas esse até nem é o problema. Considero-me mais liberal que conservador, à direita da esquerda, mas sou pelo ganho de benefícios à medida que a sociedade progride e proporciona recursos excedentes para tal: mais espaço para lazer, melhores rendimentos, melhor e mais educação, mais e melhor cultura e por aí fora? mas esses recursos são escassos e a sociedade deve estar em franco crescimento para gerar recursos para incrementar estas áreas. Não é o caso. Neste momento são as empresas que requerem trabalhadores mais produtivos. Não é a altura de falar na alteração da idade da reforma, nem em greves, como na Opel, em que os sindicatos influenciam estas formas de luta (direi mesmo guerrilha) que, em última análise, afastam outros investimentos, fundamentais à nossa economia! Qual é o investidor internacional que, depois de uma prospecção ao mercado, sabendo da propensão do capital humano entrar em greve, decide investir, quando tem outros países com salários mais baixos, preços de instalação mais reduzidos, apoios do Estado, beneficiando de uma centralidade que não temos, enfim, posso continuar, mas penso que me fico por aqui. As sindicatos (re)lanço um desafio: participem na economia como parceiros, não como concorrentes!!!

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