2005-04-23

O Estado das coisas

Dois cidadãos da República Portuguesa, residentes no mesmo Distrito, têm necessidade de renovar com urgência o seu bilhete de identidade. Um reside em Silves, outro em Aljezur.

O primeiro, para conseguir renovar de um dia para o outro este documento, é obrigado a deslocar-se a Lisboa, o segundo a Faro.

Será possível!?!?

[Fonte: contacto telefónico com as Conservatórias do Registo Civil de Faro e com a de Silves]



Um novo Papa

Os 115 cardeais “elegeram” o chefe de estado do Vaticano e líder espiritual dos Católicos Apostólicos Romanos.

Elegeram um decano, com 78 anos de idade. O bom senso não imperou.

Quis chamar-se Bento, não sei se por honra e inspiração no Santo com o mesmo nome, se em algum dos 15 Papas que também escolheram este nome.

São Bento foi um homem que descobriu a “vocação” quando, depois de enviado pela família para prosseguir os estudos superiores, não gostou da depravação que encontrou em Roma.

Rezam os escritos que foi ermida, que um grupo de monges elegeu-o seu líder, embora o tenha tentado assassinar, tal era a dureza do regime.

Foi responsável pela criação de muitos mosteiros.

Em resumo, era um homem conservador, austero, ultra regrado e que mandou destruir um Templo a Apolo, onde edificou o seu primeiro mosteiro.

Vamos ver o que nos reserva Bento XVI. O homem que até agora ocupava o lugar que em tempos se chamava (Santa) Inquisição, membro (alegadamente compulsivo) da Juventude NAZI, entre outras coisas que se conseguem ler por aqui e por ali


A Insegurança

O Estádio de São Luís tem sido alvo de tiros. Durante o treino de ontem foi sentido um disparo, pelo segundo dia consecutivo.

Não sei qual o nível de insegurança (estatístico) em Faro, mas tenho tido conhecimento de vários furtos nos últimos tempos. Desde furtos de automóveis, de casas, até aos disparos, fica a imagem de uma insegurança, que pode fugir à estatística. Começo algumas pessoas que foram assaltadas várias vezes, e sofreram algumas tentativas, e nunca registaram queixa junto das autoridades competentes…

É necessário reflectir sobre os problemas que podem estar na origem destes crimes. Quanto aos tiros, não me parece que seja extremamente difícil calcular o local do disparo, importa sim realizar esforços para capturar e punir exemplarmente o autor (ou autora), dos disparos, com a mesma cobertura informativa, para que estas situações não sejam encorajadas.

Vivemos tempos difíceis, económica e socialmente. A falta de emprego, a retracção no investimento, da construção, das várias actividades em geral produz carências que podem levar a estes comportamentos.

Até uma instituição como o MAPS, que desenvolve um trabalho incansável e meritório, no apoio a uma população de risco, viu algum do seu esforço de captação de recursos perdido, pois roubaram-lhes uma carrinha. Não existem roubos melhores ou piores, mas o projecto “Equipas de Rua” fica mais difícil de desenvolver, perdendo a cidade e a região… ou seja, perdemos todos nós.



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