2005-08-26

Mais jovens nas listas (...)

Não pretendo comentar a notícia em si, mas o conteúdo transversal. Mais jovens em listas não significa necessariamente mais “integração de novas ideias, novos conceitos e novas atitudes”.

O que é que um jovem de 18 ou 20 ou 22 anos tem para dar. Experiência… ummm, parece-me que não; experiência prática e profissional… ummm, também não!

Ter ideias não é um exclusivo da juventude, mas dos criativos, independentemente da sua idade. Eu quando tinha 20 anos pensava que tinha muitas ideias para dar. Hoje, com 31, penso que ainda tenho muito para aprender, para evoluir. Politicamente, abandonemos as quotas dos jovens nas listas, impostas pelo crescente poder que as jotas têm conseguido, i.e. nos votos que representam…

Vamos ser honestos e premiar aqueles que têm condições de desempenhar, numa dada altura, um bom lugar.

As juventudes partidárias desempenham um papel medíocre na política portuguesa. Eu sei, porque já passei por uma e conheço outras. Considero que as juventudes partidárias devem desempenhar um papel crítico junto dos partidos, mas a guerra dos lugares pervertem e criam telhados de vidro, na medida em que não tomam posições fortes, porque muitos não querem irritar os “mais velhos”, comprando guerras e perdendo “oportunidades”, quando a altura chegar! Conheço e partilhei momentos com pessoas que “partiram a loiça” e assumiram posições contra alguns “velhos do Restelo”, sem prejuízo para o seu crescimento, mas essas são as tais que têm ética, competência e já alguma experiência.

Por isso, mais jovens nas listas pode não ser nada de especial. Mais competência nas listas deveria ser o objectivo, tanto dos partidos, como das jotas!

Assim anda a nossa democracia…

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