2005-11-18

Sindicatos de professores afirmam:

Foi um fim-de-semana prolongado com uma adesão superior a 80%.


Humor à parte, o Governo (e a Assembleia da República) deveria tomar uma medida na redução, ou mesmo eliminação, do número de professores afectos aos sindicatos. Bem sei que já fizeram algo nesse sentido, mas não é o suficiente. Não sou contra o movimento sindical. Mas sou contra uma certa cambada de imbecis que utiliza a lei sindical para tentar salvaguardar princípios que só são ainda aceitáveis na cabeça de professores habituados a trabalhar o mínimo que podem, no número de anos mais reduzido possível.

Não se querem reformar aos 65 anos? Perguntem aos sindicalistas da metalurgia, aos do sector têxtil... enfim, a qualquer de nós que vamos trabalhar, pelo menos, até aos 65 anos. Tenham vergonha e dêem aulas. São pagos para isso. O País paga-vos para isso. Antes de fazerem greve, perguntem-se como é possível com este investimento público (superior em termos relativos em relação a alguns países desenvolvidos) gerar tanto insucesso escolar... estamos na cauda da Europa, também por causa disso.

Os bons professores que me desculpem, tive alguns ao longo da minha vida escolar e académica, mas foram pontos isolados. A maioria faltavam (mais de 20% das aulas), não criavam empatia com os alunos, não inspiravam. Aprendam a ensinar. Ensinem com vocação!

Mas os professores do ensino básico e secundário deveriam, em certos pontos, absorver algumas regras de ouro do ensino universitário. Especialmente no que concerne à recuperação de aulas não dadas. Faltem, mas recuperem. Aposto que faltariam menos...

Quando ouço os professores a pedir a demissão da Ministra da Educação, tenho vontade de lhe aplaudir. Deve estar a trabalhar muito bem!

Ouvia há pouco uma aluna do ensino básico, na Escola de S. Luís (Faro), em entrevista para a TVI, referindo que [a greve] era má, porque depois ficam atrasados na matéria. Esta criança não tinha mais de 8 anos! Escutem-na senhores professores...

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