2007-03-19

aLLgarve?

Está tudo doido?

O Algarve é das poucas marcas de dimensão mundial que Portugal tem.

Não perceber isso é autismo e brincar com o dinheiro dos contribuintes.

2 comentários:

Jorge Lami Leal disse...

Reforço o Tiago escreveu e acrescento mais umas coisas.

A etimologia de “Algarve” tem origem na designação desta área territorial durante o domínio islâmico: “al-gharb”, melhor “al-gharb al-Andaluz”. A Andaluzia ocidental. O território era um pouco mais extenso que o actual Algarve, mas não tem importância para o caso em questão.

Não direi que se trata de um crime criar uma nova marca para a região mais turística de Portugal. Direi apenas que se enquadra na estupidez saloia que os quadros políticos de Lisboa, afastados do resto do país, demonstram tantas vezes… no caso deste Ministro, enfim, têm-nos habituado a parvoíces e mais parvoíces…

Mas apostar numa nova marca é no mínimo malbaratar dinheiros públicos! Refiro-me aos milhões de Escudos e depois Euros que têm sido canalizados para esta marca nas últimas décadas.

Significa também gozar com todos os empresários que se esforçam para promover a marca Algarve. Ou todos os algarvios (naturais ou por escolha) que procuram manter esta região hospitaleira.

O Reino do Algarve (mais tarde dos Algarves, para compreender o Algarve d’Além-mar, ou seja as praças conquistadas no Norte de África), mesmo que nunca tenha tido um estatuto independente, recebeu, depois da sua conquista, alguma diferenciação (positivo) da Coroa Portuguesa, que ostentava no seu título a referência ao Reino do Algarve, que foi esquecido nos séculos que se seguiram. Só mesmo em Agosto os senhores de Lisboa se lembram que existe. É uma pena.

O Algarve foi fundamental a Portugal. Foi sede da Ordem Militar de Cristo, que herdou muito mais que os bens dos Templários portugueses. Era o local de onde saíam e regressavam as frotas navais dos Descobrimentos (onde aqui, uma vez mais, a Ordem Militar de Cristo teve a sua mão). Foi o apogeu do Algarve. Daí até 1755, quando o grande terramoto e maremoto que se lhe seguiram, devastaram a grande maioria do património construído. Ficou pouco mais que o natural… por isso esperava menos burrices. Apostem lá na marca “Algarve” e deixem-se de invenções! Não se mexe no que está bem… especialmente quando é para piorar.

Anónimo disse...

Bah!
Em vez de acrescentar um "L" devia ter sido deixado cair o "g", mais concordante com as perrogativas práticas e intelectuais de todos os intervenientes na campanha, sabendo-se que uns era por serem "ideógrafos" e outros por serem "bajulógrafos" ...
... em toda a parte, mesmo debaixo de um pedregulho,
Eles andam por aí!
Viegas