Hoje estive atento à sinalização vertical na entrada de Faro, até ao Aeroporto. Existe um sem número de sinais reduzindo a velocidade para 70Km/h, numa estrada nacional. Depois, já na estrada do Aeroporto, antes da rotunda, os sinais vão obrigando a reduzir velocidade até chegar aos 30Km/h.
Procuro seguir os limites de velocidade, especialmente os 120 e os 90. Sem falsas modéstias, pois embora procure seguir estes limites, em relação aos 50, em certas avenidas e estradas urbanas, já não é tarefa fácil. Certamente que o “código da estrada” é a “lei” com mais prevaricações. Não acredito que haja um português que nunca tenha infringido esta lei (pelo menos aqueles que conduzem).
Mas esta reflexão vem noutro sentido. A estrada que referi é estratégica à região. É utilizada por quem entra e quem sai do Algarve, pelo menos por via aérea. Assim como quem quer entrar na Capital do Distrito de Faro. Assim, o desenho da sinalização apenas teve (na minha opinião) o interesse de servir as estruturas comerciais e eminentemente urbanas que pululam naquela zona. Numa óptica de estrada municipal.
Por outro lado, reflecti sobre outra perspectiva. Os limites de velocidade datam de algumas décadas. Desde essa altura, houve uma tremenda evolução na segurança activa e passiva dos automóveis, da construção de estradas, entre outros pontos. É certo que o cálculo destes limites também tem em conta os consumos e a nossa dependência energética. Mas também é aceite que a generalidade (ou a totalidade!!!) dos cidadãos não cumpre. Por exemplo, o limite que referi (30Km/h) numa rotunda aberta, com duas faixas é ridículo. Estava eu a cumprir as sucessivas placas, quando entrei na rotunda já a 30, um taxista apitou prontamente, pois considerava que eu ia muito devagar, afinal estava a seguir a lei!??!?! Boa!!!
Se o legislador quisesse que os limites de velocidade fossem cumpridos, obrigava a que as viaturas registadas no território nacional tivessem mecanismos de controlo (tipo tacógrafo) e controladores de velocidade, impedindo que o carro ultrapassasse o limite de 120. Não????
Penso que os limites deveriam ser alterados, adaptados ao novo século e à realidade. Basta de sermos hipócritas.
2003-10-02
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