2004-04-25

A Paixão de Cristo...

Devo ter sido a última pessoa a ver este filme...

Assisti numa sala que gosto (em Olhão), com o som de pipocas e colas a serem consumidas, provavelmente em substituição do jantar ou já com fome, tal era a alarvice! (Uma sugestão aos papões de pipocas deste país: os lábios servem para reduzir substancialmente o som provocado pela mastigação... digo eu.)

Posto isto, apenas falta referir as várias pessoas que saíram a meio do filme. Uma nota muito especial à senhora que estava na última fila (eu estava na seguinte) que sofria alto (bem alto) a cada pancada que Cristo levava... a minha sorte foi que aí à terceira lambada, abandonou o cinema (sorte a minha que já estava capaz de crucificar a senhora).

Em relação ao filme propriamente dito, penso que não deveria ter causado a celeuma que convenientemente causou. Tem uma boa fotografia, efeitos especiais à altura e um argumento (embora sobejamente conhecido) bem escrito e interpretado.

Sobre o que vi, o horror daquelas últimas horas, não me espanta, visto que as pessoas não tinham direitos; retrata muito bem aquela época bárbara. O poderio militar dos romanos e a astúcia e o poder sempre presente e oculto dos judeus, que tiveram a sorte (ou a inteligência) da sua religião permitir cobrar juros.

Para estes últimos, que boicotaram o financiamento do filme (ao que “Mad Max” agradeceu, certamente), não existe nada no argumento que justifique a sua postura... ninguém viu romanos a criticar o filme... e eles foram tratados como os desumanos e brutos que eram... o filme retratou uma lenda, apenas isso.

Claro que me fez pensar que a Igreja de Jesus Cristo, fundada deste episódio, em poucos séculos, também infligiu a dor em massa, em nome igualmente de uma fé e de um status quo. Semelhanças curiosas.

Pizza na Pedra

Por falar em Olhão, experimentei um Restaurante chamado Pizza na Pedra. A comida estava deliciosa, a sangria ao meu gosto, o espaço muito interessante, com uma ocupação inteligente e uma estética que alia a construção tradicional daquela zona com uma decoração inspirada e jovem.

Tirando as 5 vezes que o quadro eléctrico disparou, os 30 minutos para chegar as entradas e os 20 para o prato, tudo o resto estava excelente.

Penso que foi um problema daquele dia, pois tinha as melhores referências. Vou lá voltar, para testar o serviço. Já agora, o preço não condiz com a comida, foi das refeições mais económicas que fiz nos últimos meses.

Vão lá e depois digam qualquer coisa.

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