2005-03-01

O Conselho de Jurisdição Nacional do PSD vai/ está a analisar a conduta e (pouca/ nenhuma/ negativa) contribuição na campanha de alguns filiados nos últimos meses.

O PSD é um partido que defende os valores dos direitos, das liberdades e garantias dos portugueses, como elemento indispensável à preservação da autonomia pessoal (1), posto isto, a opinião de alguns, como a de Pacheco Pereira, Cavaco Silva e outros, deve ser encarada dentro deste espírito. Todavia, penso que a militância partidária requer algum tipo de disciplina. Mesmo assim, as posições tomadas em público são conflituais com a minha noção de disciplina, se por um lado são membros de um partido, por outro não (devem) abdicam dos seus direitos de cidadania.

“O pluralismo das ideias e correntes políticas, cuja garantia de livre expressão constitui pressuposto indispensável ao gozo dos direitos e liberdades fundamentais de todo o cidadão” (2), são aqui colocados em causa por uma tentativa de culpabilização de uns, pelos erros e falta de sorte de outros.
“O direito à diferença, como condição inerente à natureza humana e indispensável para a afirmação integral da personalidade de cada indivíduo.” (2)

Fecho esta entrada com outro extracto do Programa do PSD, enunciando as suas diferenças:

“Um partido que é dialogante, aberto à pluralidade de opiniões”; “um partido que aposta no reconhecimento do mérito e na capacidade de afirmação pessoal e social, cada vez mais necessários numa sociedade onde cresce o espaço para a realização das capacidades individuais, e onde importa distinguir os talentos pessoais que são contributos para o bem comum e para o progresso do País.”

E mais nada!

Deixemo-nos da caça às bruxas e vamos lá ao que interessa...

(1) Adaptado do programa do PSD
(2) In Programa do PSD

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