2005-06-22

Nesta entrada do Almariado, é remetido um link ao público com o título “Casos de somenos importância”, sobre uma posição assumida pelo actual Ministro da Saúde sobre as lista de espera.

Fico-me pelo seguinte comentário:

O Governo PSD/ CDS-PP lançou um programa que pretendeu recuperar listas de espera, sem entrar em pormenores da sua execução final, foi uma viragem na obtenção de informação estratégica que permitiu, dois anos depois, iniciar um novo sistema de inscritos para cirurgia. O actual governo decidiu que o trabalho desenvolvido tinha mérito e subscreveu o sistema. De facto, caminhamos para a qualificação do nosso sistema de saúde público. O problema principal não reside no número de utentes inscritos, mas no tempo médio que aguardam pela sua resolução. Por esse motivo, é preferível ter 200.000 inscritos com um tempo médio de 12 meses, que 100.000 com 50 meses. É uma questão de aritmética e bom senso. As listas de espera (listas de inscritos) estão hoje fora do combate político, trata-se de um problema sem fronteiras, que nunca será verdadeiramente resolvido, pelo que devemos minimiza-lo, i.e. reduzir o tempo de espera.

A questão que deve ser lançada de seguida é relativamente ao acesso aos cuidados de saúde, às consultas de especialidade e aos cuidados primários, mas esta discussão já não se coaduna com a preparação necessária para lançar os comentários bacocos em cima, são necessárias pessoas com conhecimentos profundos da realidade, pessoas objectivas e orientadas para a resolução dos problemas do sistema, sem olhar à politicazinha partidária.

Todas já acertamos e erramos, mas devemos justificar as nossas posições de forma séria.

Já agora, não são 200.000 pessoas em lista de espera, não 200.000 episódios cirúrgicos em lista, já que existem utentes que aguardam mais que 1 intervenção.

Ó Fernando, desculpa lá o desabafo…

Sem comentários: