“Justino Ramos considera que, «além de nos ter enganado, pois disse-nos que iria resolver o assunto e que nós indicaríamos os nomes para a lista, Marques Mendes marginalizou-nos, e estou convicto disso, porque fomos apoiantes de Luís Filipe Menezes».”

Uma vez mais chateiam-se as comadres porque não podem escolher os nomes. O que é o mesmo que dizer, os lugares. A política é feita de rasteiras, de abusos, de posições em nome da mais vigorosa dança das cadeiras. Onde está o projecto para Faro desta Comissão Política de Secção? O que pensam da cidade? Por acaso, há uns tempos (já longos) integrei o Gabinete de Estudos desta Secção (uma vez chegou para poder dizer que nunca mais me meto noutra, pelo menos com pessoas com este tipo de “visão”). Um grupo de jovens quadros técnicos desenvolveu um plano estratégico para o concelho. Enquanto o trabalho estava a ser levado a cabo, eram reuniões, interesse e apoio, assim que foi entregue, não só “fecharam para balanço” (o Gabinete de Estudos), como colocaram numa qualquer gaveta o tal estudo! Bom ou mau, parece que foi apenas perda de tempo. Do meu, pelo menos.

Em política, sabemos bem que o que hoje é verdade, amanhã não o é, mas já estou um pouco farto. Para falar verdade, até foi a Secção que pediu à Distrital que tomasse conta do caso referido no artigo (link em cima), que por sua vez pediu ajuda à Nacional. Mas sem entrar em detalhes, parece-me que existem dois grandes problemas. Um candidato que não quer que lhe imponham pessoa(s), e um dirigente que vê aqui a última hipótese de… enfim, tudo como sempre.

Isto está cada vez pior. Este não é o partido que um dia acreditei poder fazer diferença. Cada vez está mais próxima a hora de pedir que rasguem a minha ficha de militante.

Este partido, provavelmente por ser intermitentemente poder, está sujeito às hienas, abutres e outros. Pena é que as pessoas que os elejam não vejam isso. Mas a democracia tem destas coisas, é de facto a melhor solução de regime, mas permite que, com alguma influência, se comprem orientações!

Já agora, agradeço a quem me costuma pagar as quotas, que pare. Não é certamente por uns míseros euros que o meu voto muda de sentido, pelo que, não percebo porque motivo continuam. O partido deveria criar uma forma de impedir estes abusos. Este é apenas um dos expedientes, mas existem outros, muito mais graves…

Parem de “mandar” areia para os olhos daqueles que sabem bem o que estão a ver.

Já agora, a minha diferença de uma quantidade de pessoas que por aí andam, reclamando do estado a que chegamos e afirmando à boca pequena que as “coisas” estão mal, que “alguma coisa tem de ser feita”… mas, depois, são inconsequentes, é que não tenho receio de ser excluído, de não entrar na “lista”, de ir parar ao “quadro negro”. Quanto a mim, estou por aqui e por ali, mas não receio dos biltres e patos bravos que tomaram conta do PSD. Pode ser que um dia venha alguém com vontade de trabalhar e de fazer politica séria, quando isso acontecer, se ainda cá estiver, terá o meu apoio.

Então, quando é que resolve aparecer? É que tudo leva o seu tempo!