2007-08-01

Desafio!

Ora aqui está um desafio interessante. Os livros da minha vida. Foi essa a proposta que o Makejeite me fez aqui.

Pedro Paixão. Qualquer dos livros que escreveu; e li quase todos! Joga-me imediatamente para dentro de mim. Revisito-me. Perco-me nas letras, nos parágrafos e nas comiserações, estas tornam-se minhas. Fica sem saber para onde vou, nem sei se o autor sabe onde quer chegar, levar-nos ou sequer percebeu que não chegou a partir.

Encontrei este livro, no início da minha adolescência, nos escaparates da biblioteca lá de casa, perdido para mim até aí. “Os Maias”, leitura obrigatória no ensino secundário, acompanhou-me numa viagem por Itália. Descobri Eça entre os Alpes e o Tibre. Descobri uma literatura que me fez imaginar de outra forma e que me introduziu na literatura portuguesa, especialmente a contemporânea de Eça.

"A Causa das Coisas". Compilações do nosso Portugal. A nação revisitada pelo grande MEC. Saudades daquela forma de escrever, mas sobretudo de pensar.

"Equador". Para mim, mais que um livro, é um vislumbre de outra época e de outra forma de escrever. Não tanto o enredo, nem sequer os personagens, mas a visão e a forma como nos leva para outro mundo, já perdido e quase esquecido.

"O Livro do Desassossego". Puro. Pessoa em estado puro. O individuo sozinho, companhia de si próprio. Fernando Pessoa fala, através de Bernardo Soares, das suas próprias angustias e frustrações. Fala das nossas próprias… Pessoa foi em quase tudo um português cinzento, excepto na herança-maior que deixou à literatura mundial.

Estas foram as minhas escolhas. Reparei no fim que apenas seleccionei escritores portugueses. Não foi propositado, mas ficam aqueles que mais me tocaram, pelos motivos que indiquei, ou nem por isso. Tantos outros ficaram de fora, mas uma selecção é assim mesmo. A vida é assim!

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