2003-10-30

Desde muito cedo que me fui envolvendo na minha comunidade, a vários níveis, desde o trabalho comunitário até à participação cívica e associativa...

Tenho por isso acompanhado a evolução deste território com um optimismo que me é natural, mas também com algumas reservas que resultam da minha própria experiência. Existe um extracto importante da sociedade que se preocupa e se interessa pelos assuntos de natureza política e económica, falta o espaço intelectual para isso.

Sabemos também que proliferaram inúmeras organizações associativas específicas, mas a região não tem, pelo menos não conheço, uma organização que se ocupe do debate de ideias e políticas para o desenvolvimento sustentado do Algarve, pelo menos de forma organizada e sem demasiado comprometimento partidário. Ainda que existam associações constituídas, mas sem voz.

Neste blogue quero assim reflectir sobre a organização que por agora vou chamar “CETA - Conselho Estratégico do Algarve”.

Imagino uma entidade sem espaço físico, sem recursos humanos próprios, apenas a vontade de debater, reflectir e propor às diversas organizações públicas e privadas projectos, ideias e reflexões. Vejo aqui técnicos especializados em diversas áreas a debater em conjunto com políticos, dirigentes, empresários, professores, entre outros, procurando sempre a participação pluralista e aberta, sem dogmas, sem entraves ideológicos e partidários, simplesmente o interesse de procurar um rumo, numa visão integrada.

Penso que a nossa região necessita de integrar os diversos modelos de desenvolvimento. Cada município tem um, a administração pública desconcentrada tem vários, destacando a RTA e a CCR (actual CCDR). Mas estes planos são estanques, não possuem ligações e sinergias uns com os outros, resultando em planeamentos redundantes ou contrários. Significa então que falta estratégia regional.

Chamem-me utópico, ou simplesmente sonhador!!!
Ainda não foi hoje que comprei as torneiras... amanhã não me escapam!!!!!

2003-10-29

Ontem pediram-me para comprar duas torneiras com urgência. Até aqui parece-me uma acção simples. Devido a essa urgência, resolvi antecipar a minha hora de almoço para as 12H30, permitindo “apanhar” os estabelecimentos abertos e, em meia hora, resolver esta questão.

Por agora suspendo a minha “estória”.

O comércio está a atravessar uma crise ligada à transferência dos padrões de consumo. Hoje a oferta das grandes superfícies e das redes de médias superfícies especialistas, fizeram com que fosse afectada a facturação habitual do comércio tradicional. A solução??? Já vai...

Continuando a minha “estória”: Visitei 3 lojas e nenhuma delas estava aberta, assim, fui almoçar e acabei por não conseguir resolver a compra.

O “moral” desta minha aventura de hoje é simples. Uma das formas de captar clientes pode ser verificar o horário que estes preferem, para além de adequar o sortido e as marcas ao gosto (ou às necessidades, se quiserem) dos consumidores.

Será que as superfícies estão abertos na hora de almoço por acaso. Não! Nada (mas mesmo nada) é feito ao acaso nestes empresas. O comércio tradicional tem que mudar. Tem que ter visão, claro que custa dinheiro, ou pelo menos uma melhor planificação dos recursos humanos, quando possível (e neste meu caso, era possível manter abertos na hora de almoço os estabelecimentos, ainda que com menos pessoas e em regime de turnos de almoço.

Acabei por optar pela compra estes produtos no comércio tradicional, por causa de um dos factores que pode permitir a estes negócios reassumirem a sua posição competitiva no mercado: a localização próxima dos centros de negócios e pessoas.

Assim, sai por volta das 18 e pouco e cheguei a um dos estabelecimentos. Fecha às 18H!??!?! Fui à segunda, igual... quando cheguei a última hipótese, uns minutos antes das 19H, tinha acabado de fechar, antes da hora... assim, não há quem aguente.

Penso que existe espaço para a grande superfície e para o pequeno comércio, desde que este último saiba fazer a leitura do mercado, leia-se das necessidades dos consumidores, saiba dar conselhos, apoia-los no pós-venda, estar disponível, em resumo, “oferecer” serviço ao cliente. Esta mais valia pode fazer com que ele recorra aqui nas compras mais complicadas, com maior envolvimento (logo de maior valor). Estar atendo ao mercado, saber aprender e saber comunicar, eis as minhas dicas para o comerciante do novo século, que se transformem em empreendedores: deixem de “vender” simplesmente os produtos, em vez disso, satisfaçam as necessidades dos clientes e forneçam-lhes uma mais-valia adequada...
Afinal o Médico do Bibi é que estava com amnésia!!! Esqueceu-se que não era Psiquiatra!??!!

2003-10-28

Agora a sério. Francamente, isto numa série de advogados (do tipo Ally MacB.) ainda se engolia, mas na vida real... tenham juízo.

Mas, o povo é sereno e está «um autêntico vegetal».
Tinha mais umas coisas para colocar aqui no blogue... mas... é que fiquei de repende com amnésia e não me recordo do que era!!!!!

DAH!!!!!!!!!!!!!

Esta recebi hoje:

Citações célebres

No meio do trânsito, estão, lado a lado, um Mercedes com uma madame finíssima e um Fiat Uno bem velhinho, onde vai o Zé dos bigodes. O Zé grita, buzina, faz um escarcéu por causa do trânsito ... até que, a fina madame baixa o vidro e diz-lhe:
- Oh meu senhor, "A paciência é a mais nobre e gentil das virtudes!", Shakespeare, em "Macbeth".
O tipo do Uno não se intimida e revida:
- "Tou-me cagando pra essa merda!", Ferro Rodrigues, em "Processo da Casa Pia".



2003-10-27

Os estádios estão a ser inaugurados! Vaiaram o nosso primeiro! Come-se presuntos! Gastam-se milhões! E afinal, quem é que paga a factura... serão os adeptos, os sócios, os clubes... não. Somos todos nós!!! E pelos vistos, a avaliar pelos ordenados e transferências dos jogadores, a actividade é rentável. Que o diga a Olivedesportos os jogadores, treinadores, agentes e as restantes pessoas (individuais ou colectivas) que vivem disto... Só mesmo os clubes perdem dinheiro!

Ora bem...

Hoje um carro da GNR passava a cerca de 70 km/h numa rotunda, virando à esquerda, sem sinalizar, sem fazer outra vez pisca para sair da rotunda, passando em zigue-zague pelas faixas... como não levava as luzes intermitentes acesas, era o fim da hora do almoço e foi sempre à minha frente até ao quartel, deduzi que não era prioritário... este é o exemplo! Para não seguir!!

2003-10-25

Estou a acabar um artigo para o Região Sul, está um tempo mau, chove e o meu cão não me larga, pois quer "ir lá fora"... eu, que até gosto de uma chuva de vez em quanto, estou a pensar que hoje pouco dá para fazer... para além de colocar a leitura em dia... bom dia Outono!!!

2003-10-24

Tudo bem quando termina bem.
Por vezes o problema não está na forma como resolvermos os problemas. Está na forma como os encaramos. As opiniões seguem este padrão.

Já reflecti muito sobre vários assuntos, dando a minha opinião. Muitos discordam, outros concordam, mas o que importa realmente é que eu acredito no que digo.

Assim, podem ver este comentário que colocaram aqui, seguido da minha resposta simples. Nem sempre apresento argumentos. Porquê? Porque expresso a minha opinião da forma que entendo, esta liberdade é minha, assim como a dele escrever o que lhe apetece, embora eu tolere a sua falta de respeito...

2003-10-22

As melhoras para a Ritinha, Fernando
Hoje houve greve contra as propinas na U.Alg, a adesão foi total!!! Por acaso foi o dia do desfile de recepção aos caloiros... não havendo aulas, desde sempre!?!!?

Parece aquelas greves dos CTT marcadas para a sexta-feira ou numa ponte... tão conveniente!

Já agora, passei por lá de noite e as aulas corriam normalmente, como se nada fosse. Não sei se é a idade ou a responsabilidade destes alunos, ou se pelo facto do desfile já ter acontecido!!!

É curioso, não!

2003-10-20

Estas primeiras chuvas, o primeiro frio, o iní­cio do tempo instável, aquele cheiro a terra. Sabe tão bem. Daqui a uns meses, já pensamos que a primavera nunca mais chega. O ser humano adapta-se a tudo, por vezes rápido de mais.

2003-10-17

A natureza é algo maravilhoso. Não acredito no milagre de Fátima. Por falar nisso, nem em Cristo ou Deus. Menos ainda na Igreja. Mas acredito na natureza. Ela ensina-nos algo de essencial. Basta observar-la. Há apenas uma semana, um pedaço de terra que piso todos os dias estava árido desde Julho. Dois dias de chuva bastou para aparecer vida, que esteve latente esse tempo, há espera das condições ideias. Este é o meu Deus. Este é o meu “milagre”, todos os anos me espanta.

Por falar nisto, considero-me Católico “praticante” (?!??!!). Por acaso não acredito nos “não praticantes”, pois a prática não deve ser confundida com ir à missa, mas a de seguir os princípios do Catolicismo. Para mim, ir ou não à Igreja nada significa. É um espaço fechado, com um pé direito alto, que reúne santos, imagens, uma cruz, entre outras coisas, como os bancos corridos e a sensação de ver ao nosso lado aquela pessoa que sabemos corrupto, ou que fala mal da vizinha ou simplesmente sobrevivente neste mundo banal. É também a representação da última ceia, é o palco do perdão, da purga e por vezes das vaidades, do ouro à vista, da roupa bonita. É o parecer antes do ser. Estou, claro, a generalizar.

Ser Católico é ser fiel aos princípios da liberdade, da ajuda, da participação construtiva na sociedade (ou pelo menos na comunidade).

Procuro ser tudo isto, na medida do possível, pois não sou perfeito (muito longe disso)... e tudo sem acreditar em Deus, nem um bocadinho... Tudo isto sem ter a menor fé.

2003-10-16

O blogoventario classificou o notaSoltas em “Notas”. Seja lá o que isso for...
Informação surreal

Sabiam que 1% da população de Portugal concorreu ao Big Brother?

São 100.000 pessoas!!!

2003-10-15

Um comentário é a exteriorização de algo pessoal, que resulta da experiência de vida, do processo de aprendizagem, dos valores, das influências, dos modelos, em resumo, dos impactes do meio.

Por isso é tão difícil ter aquela objectividade cortante.

Em política, ou pelo menos nos comentários com um fundo político, ou de economia política, prevalecem as orientações ideológicas do comentador. Na blogosfera é igual.

No processo de construção da democracia, na acção política, especialmente em oposição, agravando-se os que se situam na que chamo oposição permanente, têm o condão de expressar as posições em regime de ideologia desenfreada.

Já os partidos que formam governo têm necessariamente uma postura diferente (o que não significa que quando fora dele não sejam demagógicos).

Actualmente, existe um “bloco” da esquerda, mais intelectual, que constrói uma postura demagógica, influenciada essencialmente pela pouca hipótese de governar e por estarem inseridos na “burguesia” que abominam. Estes desempenham, no entanto, quando tomado em doses moderadas, um papel importante no equilíbrio partidário. Não são naturalmente permeáveis a influências, não pelas suas qualidades, mas como resultado do seu insignificante poder, depois são desbocados e gostam de tocar na ferida. Bem hajam por isso. Depois temos aquela esquerda estalinista, que ainda toma posições ignóbeis em democracia, não escondendo sempre a sua postura dogmática, mesmo depois das suas referência terem caído, todas, ficando apenas alguns déspotas em idade de reforma e uma mega potência, que entrou definitivamente na experiência do capitalismo. Ainda assim, têm o seu espaço, influenciam decisões e sobretudo têm poder, resultante da organização celular e subterrânea, que nunca chegou verdadeiramente a ser desactivada. Não quero falar aqui dos sindicatos.

Na construção das posições (esta é a minha postura), para além das influências que todos temos, que nos acompanham sempre, devemos ter consciência das outras formas de encarar o problema. E é aqui que as coisas falham. Não é falta de visão. O problema é que deixamos toldar a vista com as “nossas” razões. É necessário ir mais além. É fundamental recolher um conjunto de influências, para construir a nossa visão. Pessoalmente, penso que dos pensadores mais à esquerda, até aos piores fascistas, encontramos certamente ideias fundamentais e conceitos correctos. Não são as acções e a concretização das teorias que desvirtuam a fundamentação teórica. Assim, já não havia comunistas. Não são por isso, na sua maioria (ou quero acreditar que não) ditadores, que do povo apenas têm as frases de regime. Certo?

Por isso aconselho que a esquerda leia os intelectuais da direita e vice versa. Vão ver que ficam confundidos com algumas teorias, que julgavam suas. Mas fundamentalmente, que se mostrem abertos à evolução. Este é o problema principal dos radicais (seja de que lado for).

Este escorrimento não termina aqui. Tenho pena que a participação política do indivíduo “colective” a sua maneira de pensar. Eu, por exemplo, embora tenha a minha identidade política bem definida (e não estou a falar em partidos) estou convencido que fui buscar quem sou hoje aos dois lados da linha. Definitivamente. Embora identificado com os conceitos do partido que escolhi para participar, não significa que diga amém a tudo. Nada disso. Posso não falar em público sobre as discordâncias, mas definitivamente não as assumo como dogmas e defendo com “unhas e dentes”.

Os partidos são chapéus, podemos não conseguir escolher o que nos ficar mais à medida, mas certamente escolhemos o modelo que mais gostamos. [Ou então mandamos fazer um, como o Dr. Monteiro, mas depois temos o problema de não conseguimos sair à rua com ele]...
Alguns estudantes do ensino superior propuseram a criação de um partido. Eu lanço-lhes um desafio. Reunam essa energia e participem num que já exista. Tomem-no de “assalto”, com estratégia. Ganhem uma Concelhia, depois a Distrital, mais tarde colocam alguns membros na Nacional. Uns anos depois já participam no processo de decisão, já elegeram uns deputados, têm uns membros no Governo. O único problema é que até lá acabaram os cursos, transformaram-se em contribuintes activos e vão perguntar a razão porque as propinas são tão baixas... esta é a realidade, digam-me daqui a uns anos se tenho ou não razão!
Ontem nas notícias, penso que da TVI, fizeram uma reportagem sobre a abertura de um grande Centro Comercial nos Açores, com capital SONAE e de um grupo local.

Referiram depois, a propósito dos novos cinemas que abriram naquele espaço, que um dos velhos cinemas locais fechou, alegando que não podia concorrer com os novos. Que haviam fechado por causa da concorrência

O QUÊ!??!!?

Porque será que a culpa é sempre dos outros. Se eles tivessem investido no seu negócio, satisfazendo as necessidades dos seus clientes, não tinham falido. Embora os resultados a curto prazo certamente diminuíssem. Este é o problema da nossa economia, não se investe, não se actualiza, depois, com a entrada de concorrência, que entra depois de estudar o mercado, chora-se e coloca-se as culpas em todos, menos naqueles que são responsáveis. Eles próprios.

Que país!?!?!

2003-10-14

Hoje, 5 quilos de sementes e um ano depois, com a ajuda de um agrónomo amigo, plantei a relva cá em casa (1 quilo). Vamos ver se esta pega. Caso contrário, ponho tartan!

2003-10-13

Embora tenha colocado (relativamente) há pouco tempo o contador, fiquei contente por ter passado os 1000 visitantes. Sejam sempre bem vindos. Se não forem, temos livro de reclamações.

Aos que não me estão a ler, que fiquem a saber que não perdem muito!
O Sérgio fez aqui em baixo um comentário pertinente. Achei por bem comentar. Acho que as grandes empresas que o IPE ainda detém deveriam ser colocadas em mãos privadas, gradualmente, até para que não desvalorizem.

No entanto considero que a rede de distribuição dos CTT deve acompanhar os tempos, desempenhando todavia a sua função, que não é social. É económica. Por isso, se querem reduzir a “rede comercial”, que é uma prerrogativa da sua administração, devem negociar agentes que assegurem este serviço em todo o país, se não é rentável para ter um posto, basta negociar com a mercearia da D. Maria, ela certamente fica contente por ter mais uma referências e mais uma fonte de receitas no seu estabelecimento, ou então o Sr. Manuel dos jornais... a solução é pensar um pouco, gerir é acima de tudo procurar maximizar os proveitos, minimizar os custos e, acima de tudo, e felizmente cada vez mais, satisfazer os clientes.
Um dia...

Um dia gostava de não ter que escrever. Sim, escrever pode parecer algo intelectual e estimulante. Nada disso. Escrever é não poder fazer.

A necessidade que algumas pessoas têm de escrever (incluo-me aqui) está directamente relacionado com o vontade de mudar, melhorar, chatear, resmungar, reflectir, influenciar, criticar, negativamente ou positivamente, ou seja, pela critica depreciativa pura, ou pela mais construtiva. Entre estas, existe uma panóplia de estirpes...

Efectivamente a oportunidade de escrever não está ao virar da esquina, não basta querer. A democracia e a tecnologia (mais a segunda que a primeira) tornou todavia mais fácil o acesso aos meios de comunicação, seja na perspectiva de impactado, seja na de impactador.

Aqui neste nosso “meio”, blogar implica na maioria das vezes ler. Somos lidos e lemos. Esta particularidade torna a circulação de informação impressionante. Torna o diálogo “amonologado” uma nova realidade. Pessoalmente gosto das conversas e referenciações feitas por aqui, gosto das “bocas”, dos toques e, algumas vezes, das discussões.

Escrever é hoje natural. Cada vez mais. Embora cada vez menos se tenha o prazer de sentir a tinta permanente escorrer pela pena da caneta abaixo, impregnando o papel, deixando um suave ruído na sua passagem, dependendo da rugosidade da folha e um cheiro característico, para além de um ou outro borrão nos dedos. Ou então aquele barulho das letras a serem marteladas no papel, em sintonia com os nossos dedos onde um erro implicava rescrever tudo. Isso faz parte da história, do passado. Hoje escrever pode significar não fazer qualquer barulho, apenas produzir bits de informação, armazenada num disco, impessoal e frio.

Vivo então nesta dicotomia entre o produtivo e o emotivo, entre o racional e o romântico, entre o imediato e o eterno, entre o permanente e o etéreo.

Mas, nem a minha caneta, nem a minha velha máquina de escrever acedem à Internet.


2003-10-10

Estava eu a ler o Região Sul quando... imagine-se, li que se ia realizar a 3ª Mamamaratona. Mamamaratona??? Fiquei surpreendido. Imaginei uma maratona mais “marota”, talvez uma futura modalidade olímpica??? Fui investigar.

Afinal o objectivo é contribuir para a aquisição de uma unidade móvel de mamografia, no valor de 125 mil euros. Entre a primeira e a segunda edição, foram arrecadados cerca de 107 mil euros, pelo que este domingo, se tudo correr em proporção às primeiras edições, teremos esta unidade brevemente no Algarve. Ainda bem.

São 8 quilómetros. Mais informações aqui.

2003-10-09

Hoje recebi por mail esta mensagem aqui em baixo, reflecti sobre ela... e vocês não querem fazer o mesmo?

"Vive de forma a que a tua presença não seja notada,
mas que a tua falta seja sentida!!"

2003-10-08

Ponto de rotura

Os correios nunca funcionaram tão mal como agora, uma carta de correio azul leva uma semana a ser entregue e o correio normal um mês (não aconteceu a outros, foi a mim, por isso...).

É inacreditável que um serviço destes, em regime de monopólio, esteja tão mal gerido.

Recebi um convite para um grande evento na região e uma semana depois lá recebi a carta em correio azul, uns dias depois do referido evento. Quando interpelei o carteiro que fazia a distribuição, disse-me que era “impossível”. Impossível?!?!?!?

A culpa é sem dúvida partilhada pelas grandes forças desta empresa, a administração e os sindicatos.

Aí está mais um serviço a necessitar de concorrência!

Já agora, os correios responsabilizam-se pela entrega do correio azul em 4 dias, porque será que “vendem” a imagem de um dia??? Eu acho que se trata de publicidade enganosa, e vocês???

...


Que semana, dois (bons) ministros saem, um deputado também sai (da cadeia), que mais nos reserva esta semana? Terá sido por isto que o Gastão saiu à rua?


...

Sobre o Algarve

Acho que os algarvios do Nordeste Algarvio, da Costa Vicentina e do Barrocal e Serras do Algarve deveriam convidar o Sr. Professor Daniel Bessa para passar uns dias nas suas casas, para que ele pudesse respirar o ar deste Algarve desenvolvido... mais aqui.

2003-10-07

Hoje, como tem sido hábito, vi as notícias num dos canais privados (não interessa qual, pois nesta minha reflexão vai dar ao mesmo).

Apareceram pela minha casa adentro dois casos de reportagem pimba, a saber uma mulher que alegadamente foi mal atendida por um médico, resultando daí a sua morte e seguidamente, um padre exorcista, ao vivo. Este é o nosso Portugal. Imaginem a "fábula" dos pastorinhos com a cobertura da imprensa deste século... teria sido monumental...

A primeira noticia que referi, digna de figurar no Correio da Manhã, Crime e 24 Horas, mostrava fotos da senhora (que não tinha filhos) com um bebé, criando na cabeça das pessoas a imagem de mãe... francamente rascas, estes critérios editoriais. Depois, um padre católico que exorciza... até aqui, a “estória” corria bem, mas mostraram a imagem deste senhor, com a sua “paciente” em plena conversa com o espírito que estava dentro da senhora... seriam gases???

Mas esta TV, como qualquer marca que está no mercado, procura responder às necessidades dos seus clientes alvo: nós, os portugueses. Assim, resta uma ilação: Este é o Portugal que temos, BigBrothers, Ídolos, Noticiários Pimba e fundamentalmente um vazio total de oferta intelectual e cultural. Onde estão os debates semanais sobre política, sobre artes e letras, sobre geografia, etc... não estão... temos todavia a blogosfera, mas não chega!


.....


Então, gostaram das trovoadas e das chuvas... que mau tempo sentimos aqui no Algarve... ãh? o quê? sério? fez sol... olha, pois foi...

2003-10-06

Porquê escrever na Blogosfera?

Manter um blogue não é tarefa difícil. Basta alimentá-lo regularmente. Basta retirar alguns minutos por dia para escrever! Mas isto não garante nem qualidade, nem pertinência dos assuntos.

Para mim, até há bem pouco tempo, escrever por aqui implicava ler bastantes blogues, genericamente os que estão aqui ao lado. Não digo todos, pois os da região ficam reduzidos a três ou quatro. Depois uns quantos que vêm linkados nos blogues que leio. Mais outros que nunca cheguei a colocar nos favoritos...

Nas últimas duas semanas, por total falta de tempo, por um lado, e pela completa falta de paciência, por outro, reduzi a 3 ou 4 blogues que não deixo de ler, a saber: este, este, este e recentemente este.

Embora escreva com mais regularidade (até no fim-de-semana, mas não de futuro), não tenho dedicado muita atenção. Prometo que para o fim do mês volto a ler com mais regularidade. Mas fica a sensação que escrevemos para uma comunidade dentro da comunidade. Embora o acesso seja livre, embora o “canal” esteja aberto, penso que cada vez mais a blogosfera caminha para a especialização, para a organização desorganizada (um pouco como a Internet).

Colocar em público as nossas opiniões, numa forma acessível, transforma este meio no mais democrático que existe. Ou no mais anarquista, se preferirem.

Fazer parte desta comunidade é saudável, embora por aqui se viva um pouco obcecados (sem patologias maníaco – depressivas) pelos antagonismos da Esquerda – Direita, Conservadores – Liberais, etc...

Finalmente, ainda bem que existe um local onde se pode escrever, apenas porque queremos, em detrimento do conseguir-escrever, da comunicação social tradicional.

Por isso é tão especial escrever aqui. Não porque alguém lê, não porque se tem que escrever, mas porque apetece...


. . . . .


Não sou caçador. Começo assim porque quero reflectir sobre a caça, seus regimes e a sua contribuição para as estratégias de desenvolvimento, sem que tenha um envolvimento emocional.

As coutadas de caça em Espanha desempenham um papel importante na economia do turismo. Em Portugal, estas infra-estruturas são normalmente deficientes, pois não apostam em alojamento, serviços alternativos a este desporto, em especial para os filhos e esposa (caso esta não dê também uns tiros).

Penso no entanto que o regime de caça livre deve acabar. Esta minha opinião deve-se a problemas práticos: a segurança de pessoas (não caçadores) que podem estar no local e o direito à propriedade privada, pois não creio que seja legitimo que cacem na minha propriedade sem que eu autorize.

Um dos problemas que a noção de desenvolvimento sustentável tem (como apontou o Fernando no seu almariado), é a de ser palavra muito corrente em discurso político, sem que saibam muito bem o que isso é. Para mim, esta actividade de lazer – a caça -, pode contribuir para que zonas rurais mais deficitárias possam encontrar um caminho, canalizando investimento para esta forma de turismo, sem descurar o tradicional e o ligado ao golfe.

2003-10-04

Procura-se líder com vontade de fazer oposição

Ferro Rodrigues pede a cabeça do MNE ao referir que este não foi solidário com o seu colega do Ensino Superior... mas depois refere que não está a pedir que ele se demita. Afinal em que é que ficamos. (Vi no noticiário da SIC)

Refere que se este Governo não é solidário entre si, também não o é com o eleitorado?!??! O quê? Será que ainda há socialistas que o ouvem?... Ele sim devia ser solidário com o eleitorado e com os militantes do seu partido; devia abandonar a secretaria-geral do Partido Socialista. Afinal, todos dão um grande bocejo, com a perspectiva de o ouvir... Volta Jaime, está perdoado. Volta Vitorino, também lhe perdoamos.

Este chefe do PS (e reparem como me abstive de lhe chamar líder) está cada vez mais isolado. Existem certamente pessoas muito válidas na sua equipa, mas outros deveriam ter juízo e aceitar uma “licença” no Parlamento Europeu... Ferro incluído.

O futuro do PS deve passar por assumir uma postura de alternativa, de oposição, com toda a responsabilidade que daí advém. Não falar alto, gesticular e caluniar, ou desculpabilizar tudo com teorias da “cabala”. Não nos devemos esquecer que o PS é de facto a única oposição que entra no esquema da alternância democrática de poder. Daí advém a maior responsabilidade de trabalhar na sombra, acompanhando os dossiês e debater ideias, projectos e leis, agindo com proactividade, construindo propostas efectivas, ou propondo alterações nas dos restantes partidos, nos locais apropriados, influenciando e estando presente no palco político com seriedade. Ora está a acontecer precisamente o contrário. Efectivamente, é um problema de falta de liderança.

Sem liderança, a populaça fica à solta...
Faro, Cidade de Excelência

Efectivamente, no século XXI, é incompreensível como existem cortes de água praticamente mensais. Roturas, falhas... hoje foi a conduta geral!??!?! Como é possível que os executivos, em especial os presididos pelo Srs. Luís Coelho e Botelheiro, não terem investido no saneamento e águas. A Capitalidade deve ser acompanhada de boas condições; a distribuição de água é a fundamental.

Na minha zona, e noutras freguesias deste Concelho, a canalização de abastecimento de água é tão velha, que para além do inconveniente de faltar água amiúde, não “deixam” a água chegar a níveis de pressão normais em qualquer outro lado, com receio dos canos entrarem em roturas. Sei de casos, em zonas antigas da cidade, que os idosos têm de se deslocar ao fontanário para obter água, em alguns dias... em pleno século XXI?!?!?!

Não quero “cobrar” nada (ainda) ao actual executivo, mas sempre vou dizendo que mesmo sem dinheiro, existem áreas que devem ser prioritárias, caso contrário – Faro, Cidade de Excelência – não passa de uma filosofia bacoca.

Hoje telefonei para a linha “fora de horas”, vulgo piquete da água, só da segunda vez é que me atenderam, dizendo que não sabiam se conseguiam resolver o problema hoje, estranhando que na minha zona não houvesse água... será isto possível!!!!!


Lei n.º15/2000

Existem várias leis que têm sido aproveitadas por militares com menos escrúpulos para fazerem um upgrade das suas carreiras.

Em todo o lado há oportunistas.

Mas a Lei n.º15/2000 prevê que o financiamento da diferença das quotas a pagar à Caixa Geral de Aposentações (in O Independente) seja suportado pelo Orçamento do Estado.

Acho ridículo que seja o estado a pagar os benefícios destes senhores. Quando os combatentes do ultramar (e outros militares do SMO) quiseram fazer contar como anos de serviço para fins de reforma, aqueles que fizeram ao serviço de Portugal, pagaram dos seus bolsos, por isso, como é que é publicada uma lei (em 2000) que confere regalias “à borla” aos militares de carreira. Querem os anos, pague-nos. É a minha opinião. Porque é que serei eu e mais uns milhões a financiar isto?

2003-10-03

Peço desculpas ao meu amigo NSPTM, do Quadrante, pois o link que fiz aqui no Notas continha um "http://" a mais, alguns leitores enviaram-me uns mails, dando-me conta do erro. Desculpa, N.

Está reposta a normalidade.Vão até lá... aqui!
As propinas na UAlg

Os alunos da Universidade do Algarve ameaçaram fechar as portas dos Campus. Encerrar a universidade parece ser a palavra de ordem. O “engraçado” nesta notícia é a origem e legitimidade da manobra. Uma Assembleia Magna. Quinhentos alunos.

Assim, numa academia com 10.000 alunos, 5% destes (pelos vistos os únicos interessados) “decretaram” o NÃO. Ou seja, 9.500 alunos estiveram a borrifar-se, compreendem a necessidade do aumento das propinas, tinham mais que fazer ou, simplesmente, não se importaram com o assunto. Entre outras hipóteses, todas elas viáveis.

Pessoalmente penso que a legitimidade das posições públicas são legitimadas de acordo com os estatutos (de que fui um dos responsáveis) que prevêem estes poderes à Assembleia, mas politicamente, como se justifica um acto ilegal e que provoca dolo a toda uma academia. Façam greve, a sua adesão poderá justificar negociações, nunca uma imposição, o fecho dos portões, à revelia da lei e moralmente desapropriado.

Claro que se convocarem uma greve e apenas 500 pessoas não forem às aulas... paciência, significa que afinal o Governo, a Reitoria e uma parte importante da sociedade civil estão certos! Não? Eu acho que sim!


Perdeu-se um bom político, ganha-se um melhor académico

Em relação à demissão do Sr. Ministro do Ensino Superior, tenho a lastimar a sua decisão (de demitir-se) e o oportunismo do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista na Comissão Parlamentar. No entanto honrou o Governo que integrou e as fortes reformas que iniciou. Com esta sua decisão, rápida e desprendida provou que é um político como poucos. Ao contrário das críticas que lhe têm feito. Foi uma perda do Governo, logo de Portugal.

2003-10-02

Hoje estive atento à sinalização vertical na entrada de Faro, até ao Aeroporto. Existe um sem número de sinais reduzindo a velocidade para 70Km/h, numa estrada nacional. Depois, já na estrada do Aeroporto, antes da rotunda, os sinais vão obrigando a reduzir velocidade até chegar aos 30Km/h.

Procuro seguir os limites de velocidade, especialmente os 120 e os 90. Sem falsas modéstias, pois embora procure seguir estes limites, em relação aos 50, em certas avenidas e estradas urbanas, já não é tarefa fácil. Certamente que o “código da estrada” é a “lei” com mais prevaricações. Não acredito que haja um português que nunca tenha infringido esta lei (pelo menos aqueles que conduzem).

Mas esta reflexão vem noutro sentido. A estrada que referi é estratégica à região. É utilizada por quem entra e quem sai do Algarve, pelo menos por via aérea. Assim como quem quer entrar na Capital do Distrito de Faro. Assim, o desenho da sinalização apenas teve (na minha opinião) o interesse de servir as estruturas comerciais e eminentemente urbanas que pululam naquela zona. Numa óptica de estrada municipal.

Por outro lado, reflecti sobre outra perspectiva. Os limites de velocidade datam de algumas décadas. Desde essa altura, houve uma tremenda evolução na segurança activa e passiva dos automóveis, da construção de estradas, entre outros pontos. É certo que o cálculo destes limites também tem em conta os consumos e a nossa dependência energética. Mas também é aceite que a generalidade (ou a totalidade!!!) dos cidadãos não cumpre. Por exemplo, o limite que referi (30Km/h) numa rotunda aberta, com duas faixas é ridículo. Estava eu a cumprir as sucessivas placas, quando entrei na rotunda já a 30, um taxista apitou prontamente, pois considerava que eu ia muito devagar, afinal estava a seguir a lei!??!?! Boa!!!

Se o legislador quisesse que os limites de velocidade fossem cumpridos, obrigava a que as viaturas registadas no território nacional tivessem mecanismos de controlo (tipo tacógrafo) e controladores de velocidade, impedindo que o carro ultrapassasse o limite de 120. Não????

Penso que os limites deveriam ser alterados, adaptados ao novo século e à realidade. Basta de sermos hipócritas.

2003-10-01

Não querendo entrar nos meandros do processo “Casa Pia”, uma questão empírica levanta-se. Essa questão prende-se com a situação legal dos indiciados. Como a minha formação é em gestão, não em Direito, perdoem-me alguma imprecisão jurídica, mas afinal, os presos preventivos não têm sentença transitada em julgado, pelo que são inocentes (até prova em contrário). São apenas suspeitos. Assim, na SIC Notícias, a esposa de um dos presos preventivos referia-se a algumas condições que estes têm de suportar. Um dos problemas é a água, que só é quente por poucas horas e não podem telefonar a quem quiserem. Eu acrescento que o período de visita é quase ridículo. Aqui entra o meu argumento. Penso que estas pessoas deveria poder ter mais condições, ainda que por eles financiadas, como ter e poder usar telemóvel, computador, Internet, etc... terem visitas mais alargadas, entre as quais as pernoitas conjugais (não todos os dias, mas pelo menos com alguma regularidade)

Porquê? Precisamente porque podem, no final do processo, serem considerados inocentes. Um preso que fique 3 anos preventivamente, sabendo-se inocente (e não digo que estes o sejam, pois esta minha opinião alarga-se a qualquer pessoa nestas condições), qual será o estado psicológico e o trauma que foi induzido? Como retratar uma situação destas? Haverá forma de compensar?

Por isso, defendo que esta “permanência” deva ser suave, em locais afastadas da restante população prisional, com condições dignas da hipótese (Constitucional) de serem (presumidos) inocentes.

Imaginem-se, caros leitores, inocentes, passando um mês, um ano ou apenas uns dias, numa prisão, com criminosos, comendo mal, sem espaço, sem liberdade, apenas com a vossa imaginação e um maço de Marlboro Lights...

...sem o Blogguer!!!


Sobre as propinas

Não sei se alguém já reflectiu, mas os Governos PSD têm alguma tendência para serem vaiados pelos estudantes. E não só. Somos um povo com pouca apetência para as reformas.

Penso também que a forte intervenção da esquerda tem provocado certamente este tipo de posições. Uns orquestram, outros seguem. Sempre foi assim, sempre será. As massas são facilmente manobradas. Esta é a minha opinião.

Já em relação à disputa, penso que o problema não deveria ser o valor. Os nossos pais (eu tenho 29 anos) pagavam na altura, mais que hoje (proporcionalmente).

Aconteceu o mesmo com as rendas, congelaram-nas, e agora existem pessoas a pagar misérias pelas rendas.

Este principio não foi aplicado às propinas, durante muitos anos era uma prioridade dos Governos, mas hoje já não. Pelo menos ao nível do investimento.

Portugal necessita muitos mais técnicos, mas a formação destes é hoje muito mais acessível, existem Universidades e Politécnicos em todos os Distritos, pelo que claramente existiu um investimento brutal, mudou-se a realidade e democratizou-se o acesso.

A única critica que faço a este processo está relacionado com a percentagem de aumento. No mínimo 100%. Penso que deveria ser mais gradual. Considero também que um estudante de medicina deve pagar mais do que um de línguas, e diferenciado em função do estabelecimento de ensino. Não se pode comparar a Universidade Nova, com o Politécnico de Idenha-a-Nova. Aqui deverá funcionar o mercado. Melhor, mais caro.

A aplicação das receitas também deve beneficiar a qualidade de ensino, não para pagar salários. Esta deverá ser a máxima.

Já agora, deve também haver um escalão de cadeiras, pois um estudante que deixe uma cadeira, vai pagar, por exemplo, 600 Euros de propinas, usufruindo no sentido económico, de 60 Euros (600 Euros/10 cadeiras). Deve existir atenção a estes problemas e corrigir estas situações.

Os estudantes consideram alto o valor das propinas (em comparação com os outros anos), quando deveriam preocupar-se em protestar e influenciar junto dos Magníficos, no sentido de melhorar o ensino, o laboratórios, as políticas de estágio, a permanente procura das necessidades reais do mercado, e por aí fora.

Este é que deveria ser o papel...